quinta-feira, 6 de março de 2014

A janela das lembranças

Oi gente!!!
Outro dia estava pensando na vida e em doces lembranças. Era um dia comum de escola, aula de Língua Portuguesa. Minha professora nos pediu para escrever um texto sobre o olhar pela janela. Pronto! Era a motivação que precisei para falar dos dias felizes que passei em minha infância na casa da vovó e da saudosa Dindinha. Gostei tanto, que resolvi postá-lo aqui.
Ele começa assim:
A janela das lembranças

Estava chuvoso. O cheiro da terra se acentuava. Milhões de lembranças como aquelas vezes que subia no pé de jabuticaba da Dindinha, junto aos primos e vizinhas. Eles pegaram as jabuticabas e seus primos Ícaro e Davi se deliciavam com elas. As vizinhas da avó de Dani tiveram de voltar pra casa.
Ela se lembrava dos dias mais quentes, em que tomavam banho de borracha no quintal, ou quando montavam a piscina e se divertiam muito. Nas noites chuvosas, Dindinha fazia bolinhos de chuva e levava para todos que assistiam TV na casa da avó Olga.

Outras vezes quando, raramente, a prima Duda a visitava, junto com Danilo e Nandinha, quase sempre eram os dias de festa e churrasco. Toda a criançada vinha e se divertia. Futebol, vôlei, casinha, alerta-cor... Tudo! Brincavam de tudo mesmo!

O quanto não havia explorado o quintal da avó, achando “tesouros” enterrados, como tampas de garrafa e chaves velhas. Toda noite recusava a cama, e dormia no chão da sala, para recuperar as energias para o dia seguinte.

Aquele cheiro delicioso de comida feita pela avó, não havia como recusar o pedido dos primos para almoçar ao ar livre. De sobremesa: os melhores bolos da Dindinha. Dani sempre quis aprender a cozinhar com ela, e a costurar também, antes dela morrer.

Para os outros, a partir daquele dia o céu escureceu. Pouco depois o Dindinho morreu também. A casa, antes sempre tão cheia, agora estava vazia e sem vida. Dani ainda gostava de ir à casa dos avós, mas não tinha o mesmo gosto. Sem primos (eles moravam em BH), sem “reuniões/churrasco” de família, sem Folia de Reis... Agora eram apenas lembranças distantes, mas eram boas em aquecer o coração.




Daniela Santiago

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